Em maio, cerca de 300 militares da GNR protestaram em Lisboa contra a "falta de resposta do Governo às suas reivindicações"
Alexandre Panda
Ontem às 20:00
Os sindicatos e associações mais representativos do setor da Segurança Interna acordaram, esta terça-feira, manter uma ação nacional de protesto para o próximo dia 12 de outubro.
Os polícias e militares da GNR querem manifestar-se contra o provável congelamento das carreiras para 2018, nas forças e serviços de segurança.
Depois de ter reunido com os grupos parlamentares do PAN, do CDS-PP e do PCP, a Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança (CCP), que congrega os vários sindicatos, veio a público manifestar repúdio face ao congelamento dos salários.
"As estruturas que compõem a CCP solicitaram às respetivas tutelas a confirmação da veracidade das intenções de congelamento das carreiras das forças e serviços de segurança no Orçamento de Estado de 2018, não existindo ainda nenhuma informação oficial que as desminta. Este silêncio é significativo da falta de frontalidade do Governo!", lamenta a CPP, em comunicado, onde informa ainda ter solicitado uma reunião" com caráter de urgência", ao Presidente da República.
A CPP diz ainda estar perante um "quadro generalizado de desinvestimento nas Forças de Segurança" e perante um governo que "deliberadamente", está a "fazer uso de contra-informação, dando a entender que estão em causa carreiras que foram descongeladas, quando apenas ocorreram promoções pontuais, por razões funcionais e apenas em algumas das carreiras em causa".
Por estes motivos, os sindicatos e associações profissionais decidiram manter o protesto nacional para o próximo dia 12 de outubro, onde irão exigir um "tratamento justo e equitativo por parte do Governo", avisando que "não transigirá, caso o Governo mantenha as intenções de tratar as forças de segurança como funcionários públicos de segunda categoria".
Artigo disponivel em JN.PT

